23/01/2014

Voz e disfonia


Sabia que a voz é o espelho vocal da personalidade humana?

" Nada revela tão seguramente o caráter de uma pessoa como a sua voz."

(Benjamin Disraeli)

O que comunica a voz?

    
    A voz deve ser produzida pelo falante, de modo adaptado, sem esforço adicional e com conforto, identificando corretamente o sexo e a faixa etária a que pertence. Além disso, a voz deve de ser adaptada ao grupo social, profissional e cultural do indivíduo.

O que é a disfonia?

    A disfonia pode ser definida como uma perturbação momentânea ou prolongada da função vocal sentida como tal pelo próprio indivíduo ou seu meio de convívio.


Tipos de disfonias

Disfonias funcionais
Primárias
(por uso incorreto da voz)
Por falta de conhecimento vocal: comportamentos básicos de saúde vocal (inspirar antes de falar, não gritar,…).
Por modelo vocal deficiente: ocorre quando o cliente modifica os ajustes laríngeos e supralaríngeos naturais da sua emissão, procurando aproximar-se de um dado modelo.
Secundárias
(por inadaptações vocais)
Por inadaptações anatómicas: assimetrias laríngeas, fusão laríngea posterior incompleta, desvios na proporção glótica, AEM de cobertura das pregas vocais.
Por inadaptações funcionais: incoordenação pneumofónica/fonodeglutitória, alterações miodinâmicas respiratórias, ressonantais ou laríngeas.
Por alterações psicogénicas

Com formas clínicas definidas: afonia de conversão, uso divergente de registo, síndrome de tensão musculoesquelética, vestibular, …
 De muda vocal ou puberfonias.

Disfonias orgânico-funcionais

(base funcional com lesões secundárias)

Nódulos, pólipos, edema de reinke, úlcera de contacto, granuloma, laringite, leucoplasia.







Disfonias orgânicas
Por alterações com origem nos órgãos de comunicação

     Congénitas;
     Traumáticas;
     Inflamatórias;
      Neoplásicas;
     Por problemas auditivos.
Por alterações com origem noutros órgãos e aparelhos do corpo

     Endocrinológicas;
     Por doenças renais;
     Por refluxo gastroesofágico.




(Retirada da Internet)

Abordagens de intervenção terapêutica:
  •    Terapia vocal etiológica: mais utilizada em casos de refluxo gastroesofágico e de abuso vocal;
  •    Terapia vocal sintomatológica: mais utilizada em  casos de alterações isoladas de parâmetros vocais e de abuso vocal;
  •    Terapia vocal psicodinâmica: mais utilizada em casos de disfonias psicogénicas;
  •    Terapia vocal fisiológica: mais utilizada em casos de inadaptação vocal ou com patologia de base de origem neurológica;
  •    Terapia vocal holística/eclética: mais utilizada em casos complexos de disfonia orgânico-funcional multifatorial.

Bibliografia:
  • Behlau, M. (2001). Voz – O livro do Especialista, volume I. Livraria e Editora Revinter. Rio de Janeiro;
  • Behlau, M. (2005). Voz – O livro do Especialista, volume II. Livraria e Editora Revinter. Rio de Janeiro;
  • Guimarães, I. (2007). A Ciência e a Arte da Voz Humana. Escola Superior de Saúde do Alcoitão;
  • Esteves, C. et al. (2008). Saúde e Comportamento Vocal do Professor. Acedido em 23 de jeneiro de 2014, em http://www.planejamento2.mg.gov.br/servidor/saude_ocupacional/arquivos/CARTILHA_DE_VOZ.pdf.

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