Sabia que a voz é o espelho vocal da personalidade humana?
" Nada revela tão seguramente o caráter de uma pessoa
como a sua voz."
(Benjamin Disraeli)
O que comunica a voz?
A voz deve ser produzida pelo falante, de modo
adaptado, sem esforço adicional e com conforto, identificando corretamente o
sexo e a faixa etária a que pertence. Além disso, a voz deve de ser adaptada ao
grupo social, profissional e cultural do indivíduo.
O que é a disfonia?
A disfonia pode ser definida como uma perturbação momentânea
ou prolongada da função vocal sentida como tal pelo próprio indivíduo ou seu
meio de convívio.
Tipos de
disfonias
Disfonias
funcionais
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Primárias
(por uso incorreto da voz)
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Por falta de conhecimento vocal:
comportamentos básicos de saúde vocal (inspirar antes de falar, não gritar,…).
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Por modelo vocal deficiente:
ocorre quando o cliente modifica os ajustes laríngeos e supralaríngeos
naturais da sua emissão, procurando aproximar-se de um dado modelo.
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Secundárias
(por inadaptações vocais)
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Por inadaptações anatómicas:
assimetrias laríngeas, fusão laríngea posterior incompleta, desvios na
proporção glótica, AEM de cobertura das pregas vocais.
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Por inadaptações funcionais:
incoordenação
pneumofónica/fonodeglutitória, alterações miodinâmicas respiratórias,
ressonantais ou laríngeas.
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Por alterações
psicogénicas
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Com formas clínicas definidas:
afonia de conversão, uso divergente de registo, síndrome de tensão
musculoesquelética, vestibular, …
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De muda vocal ou puberfonias.
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Disfonias
orgânico-funcionais
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(base funcional com lesões secundárias)
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Nódulos, pólipos,
edema de reinke, úlcera de contacto, granuloma, laringite, leucoplasia.
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Disfonias
orgânicas
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Por
alterações com origem nos órgãos de comunicação
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Congénitas;
Traumáticas;
Inflamatórias;
Neoplásicas;
Por problemas auditivos.
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Por
alterações com origem noutros órgãos e aparelhos do corpo
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Endocrinológicas;
Por doenças renais;
Por refluxo gastroesofágico.
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(Retirada da Internet) |
Abordagens de
intervenção terapêutica:
- Terapia vocal etiológica: mais utilizada em casos de refluxo gastroesofágico e de abuso vocal;
- Terapia vocal sintomatológica: mais utilizada em casos de alterações isoladas de parâmetros vocais e de abuso vocal;
- Terapia vocal psicodinâmica: mais utilizada em casos de disfonias psicogénicas;
- Terapia vocal fisiológica: mais utilizada em casos de inadaptação vocal ou com patologia de base de origem neurológica;
- Terapia vocal holística/eclética: mais utilizada em casos complexos de disfonia orgânico-funcional multifatorial.
Bibliografia:
- Behlau, M. (2001). Voz – O livro do Especialista, volume I. Livraria e Editora Revinter. Rio de Janeiro;
- Behlau, M. (2005). Voz – O livro do Especialista, volume II. Livraria e Editora Revinter. Rio de Janeiro;
- Guimarães, I. (2007). A Ciência e a Arte da Voz Humana. Escola Superior de Saúde do Alcoitão;
- Esteves, C. et al. (2008). Saúde e Comportamento Vocal do Professor. Acedido em 23 de jeneiro de 2014, em http://www.planejamento2.mg.gov.br/servidor/saude_ocupacional/arquivos/CARTILHA_DE_VOZ.pdf.
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